M01- 3° Ato - Uma entrega inesperada

Quadra
Exaustão, essa é a palavra que melhor define a minha atual situação, estou sendo levado pelo rapaz que a pouco resistiu a rajadas de balas sem sentir uma dor sequer, estamos indo em direção ao resto do grupo. Uma discussão está ocorrendo logo à frente, a voz do Mecânico era agora audível e apresentava agressividade no seu tom. Logo se ouvia um interrogatório no nosso transmissor, surpreendendo a todos, o Mecânico com muita agressividade conseguiu obter as informações necessárias sobre onde seria a entrega, e assim que conseguiu pediu para que o cara partisse.


Eu e o Lâmina estávamos chegando, enquanto o rapaz vinha em nossa direção, quando subitamente um tiro é disparado pelas costas do infeliz fazendo-o cair sem qualquer reação. Todos nós gritamos em reprovação a atitude do Mecânico, mas já era tarde demais, o estrago já estava feito e não havia mais o que ser feito. O velhote praguejava no carro batido no poste adiante, foi aí que percebi a existência de um garoto do outro lado da rua, encarando perplexo a situação, provavelmente ele teria visto a cena do assassinato e por conta disse aparentava tremer muito. O Velho então o chamou para ajudá-lo, ele foi hesitante no início. Ainda irado, o Mecânico ordenou o moleque a ajudar o Velho. O jovem devia ter entre os seus quinze anos e com um copo na mão, tremia em direção ao velho, abriu a porta e o ajudou a sair do carro como pôde. Quando enfim estávamos todos reunidos, pensamos em decidir o futuro do pirralho, o Velho achou que embriagar o garoto e deixá-lo esquecer do fato seria uma saída, eu duvidei muito que isso iria funcionar, eu mesmo pensei em matá-lo para evitar que isso fugisse do nosso controle, não o fiz por que seria recriminado pelo resto do grupo.


No meio da discussão o Lâmina resolveu mostrar de maneira sarcástica o porquê de não matar um possível informante, ele perguntou ao defunto –“Que horas vai ser a entrega?”, obviamente sem resposta, ao que o Mecânico em toda a sua delicadeza responde – “Olha a minha preocupação”, terminando por gesticular de forma obscena, isso fez com que na mais tola inocência do garoto, gargalhasse abertamente. O Lâmina por sua vez, não foi de acordo com a atitude do moleque que estava sob nosso julgamento, e sem falar uma palavra sequer, sacou a arma e atirou sem piedade no pequeno infante. Não sei o que acontecia hoje, mas tudo parecia estar indo por água abaixo, um informante assassinado sem ter cumprido o seu total papel, uma criança assassinada a sangue frio, tudo estava rumando ao fracasso. Gritamos em reprovação a atitude do Lâmina, apesar de ter passado pela minha cabeça a possibilidade de matá-lo, não significava que de fato eu o faria.


Decidimos que era hora de sumir Dalí e ir em direção a um dos pontos de entrega que tinha sido dito no interrogatório, Tony havia dito que ele era apenas o motorista daquela operação e que iria para um bar buscar mais alguém com a mercadoria para fazer a entrega no ponto de encontro. Quando nos dirigimos para o carro sentimos falta do refém que estava conosco antes da ação na quadra de basquete, sugeri procurá-lo, ele não poderia ter ido longe pela quantidade de sangue que estava no banco da frente do passageiro, mas não aceitaram a minha sugestão, até porque nós corríamos contra o relógio. Estávamos com duas escolhas, ou iríamos direto ao ponto de encontro, ou iríamos direto para a fonte da entrega em si, no meio do caminho, mas uma vez “a voz” surge nos indicando que tínhamos trinta minutos antes que a entrega fosse feita, perguntei ao Velho em quanto tempo a gente chegaria à fonte da entrega, e quanto tempo era do ponto da fonte ao ponto da entrega, ele respondeu que chegaríamos a tempo se fossemos direto ao ponto da entrega, mas que não era garantido que o entregador chegasse a tempo, por conta da ausência do motorista. Então decidimos que o melhor caminho era ir ao bar e tenta obter o produto antes da entrega ser feita.


Chegando ao nosso destino, estacionamos em uma grande garagem e depois de discutir a melhor alternativa de como entrar lá e achar o entregador sem ser visto como inimigo foi decidido que eu entraria contando o ocorrido na quadra e que teria recebido um pedido do Tony para avisar o entregador enquanto os outros ficariam a espera lá fora para tomarem as devidas ações caso fosse necessário. Como tudo naquele dia, mais uma vez os planos não funcionaram como o previsto, o Velho e o Mecânico entraram no recito quebrando a lógica do combinado, ao que eu entrei na boate gritando desesperadamente sobre o ocorrido, de repente todos correm apavorados em direção a saída ao que vem um homem alto e forte querendo saber por que diabos eu espantei a clientela dele, confesso não ter pensado nessa possibilidade, e mesmo relutante eu resolvi não causar mais problemas, nesse meio tempo o Velho já havia avistado um suspeito saindo do Bar, provavelmente era o nosso alvo, o Lâmina já tinha sido avisado pelo transmissor, e assim que eu saí o vejo com uma arma apontada para o suspeito e já com a maleta do mesmo em posse. Lâmina então pediu ajuda ao Velho que acabara de sair, enquanto o Mecânico foi em direção ao Fusca para nos ajudar na fuga.


Corri para o carro e logo mais chegaram os dois, Velho e Lâmina, com o agora refém. A “voz” mais uma vez entrou em ação falando que o nosso pagamento, dependia do pagamento do conteúdo dessa maleta. O refém estava estranhamente tranqüilo, o Mecânico falou que ele estava sob efeito de drogas e por isso não estava nervoso. Primeiro abrimos a maleta para ver o que tinha dentro, eram alguns papéis e um DVD, colocamos no Drive do Fusca e repassamos as informações para o “chefe”, agora sabendo que só receberíamos o dinheiro se perseguíssemos até o final, decidimos ir de encontro ao ponto de entrega. Iríamos entregar de qualquer forma a maleta com conteúdo alterado, papéis falsos e um DVD adulterado.


Quando chegamos ao ponto, avistamos um carro completamente preto e quatro homens ao redor, eram visivelmente da Yakuza. Assim que paramos um deles veio em nossa direção com uma maleta na mão, ele perguntou sobre a Maleta e o Mecânico perguntou sobre o dinheiro, eles nos mostrou o dinheiro e pediu a Maleta para verificar a autenticidade, minutos depois ele volta com a maleta de dinheiro e volta para o automóvel preto. Voltamos ao carro sem dar as costas para os Yakuzas, na verdade não todos, o refém e o Mecânico foram desatentos e deram as costas ao voltar para o carro. Quando o Lâmina estava entrando no carro para irmos embora dalí, ouve-se um disparo, eu olho para trás e vejo um dos Yakuzas caindo, outro então aponta a arma em nossa direção, mas também é interrompido com um tiro mortal, nesse meio tempo já estávamos em disparada indo embora daquele matadouro, ouvimos ainda mais dois tiros ao sair.


No caminho de volta, sem mais precisar do refém, o Mecânico tirou ele do carro jogando-o no meio da rua. Prosseguimos para uma garagem, onde a “voz” havia indicado ao resto do grupo para deixar o carro e os equipamentos que ele tinha fornecido a eles. Ao sair da garagem pedi para que me deixassem perto dalí, depois me dirigi a um hospital para dar um jeito na minha mão e os ferimentos no peito, apesar da quantia recebida, tive que pedir ao Japa que me ajudasse nessa, os danos foram maiores que o previsto, ainda mais por conta da perna mecânica que tive que recuperá-la. Enfim chego em casa para ter o descanso merecido, e percebo que apesar dessa missão ter me custado caro, uma sensação de alívio que a muito eu não sentia veio à tona, estava precisando de mais ação como essa para voltar ao que já fui outrora.


Fim do 3° ato.
M01: Completa.

M01- 2° Ato - Uma quadra sem jogadores

Quadra


O som na casa cessou não se ouvia nada mais do que o silêncio, e mesmo assim ainda ecoavam nos meus ouvidos os sons dos tiros que a pouco estavam presentes nessa casa. Só agora tinha dado conta da gravidade dos meus ferimentos e o quanto me incomodava me dirigi ao sofá logo na entrada para recompor as minhas energias, logo apareceu na porta o Mecânico que também tinha sido atingido com uma bala na perna. Ele recordou do kit de primeiros socorros que estava na porta malas do carro e foi buscá-lo, assim que ele voltou, já com os devidos curativos feitos, um interrogatório feito pelo Lâmina Negra começa a ser transmitido pelos nossos rádios auriculares, ele estava tentando obter a informação sobre a tal entrega com um dos Punks que estava fora da casa. Depois de uma falsa promessa de manter a vida do garoto em troca da informação e de ter obtido de fato algo do mesmo, ouviu-se um tiro e um baque logo em seguida, ali jazia um informante ludibriado pela ânsia de viver.

Agora havia outra transmissão nos nossos rádios, era o Velho interrogando outro delinqüente na cozinha da casa, dessa vez o interrogatório beirava o cômico, dentre as primeiras perguntas do velhote, ouvia-se a seguinte frase: -“Onde está a bebida dessa casa?”. Confesso que mesmo com bastante dor no corpo não consegui conter um sorriso daquela cena que parecia surreal. Depois de ter obtido a tal bebida, que por sinal não pareceu tê-lo satisfeito, pois ele praguejava com o interrogado com veemência, o Velho partiu para as questões importantes sobre onde seria a entrega, descobriu da mesma forma que o Lâmina Negra que um tal de Tony estava envolvido e que ele primeiramente iria de encontro ao seu ‘bando’ oficial e depois prosseguiria para o canto marcado, uma ponte a qual o Punk não conseguiu exemplificar qual era. O Velho ainda prosseguiu com algumas perguntas sem nexo e com isso obteve uma droga em uma das gavetas da cozinha, foi aí que me lembrei de pedir para o mesmo pegar uma arma com um dos mortos, que provavelmente seria do mesmo calibre que a minha, ele como um bom velho bodejou e acabou me deixando irritado, ao que o Mecânico se propôs a fazer alguns curativos em mim para aliviar a dor, assim foi feito.

O Velho tinha obtido parcialmente a informação, sabia sobre o Tony, sabia onde ficavam as imediações onde ocorreria a primeira parada antes da entrega em si, mas não sabia o local exato, e por conta disso tivemos que aceitar a proposta do Punk de nos levar até lá em troca da própria sobrevivência, mesmo que relutantes nós concordamos. Eu sem esperar a boa vontade do velho rabugento, resolvi pegar a arma do falecido por conta própria e assim nos dirigimos ao carro.

Após nos guiar por alguns poucos quilômetros, o jovem marginal nos indicou onde parar. Ali estávamos a poucos metros do negociador dessa tal entrega a qual não fazíamos a mínima idéia do que seria. Um muro de tijolos nos separava do ponto de encontro, não se ouvia muito além dos sons da natureza e da cidade. Decidimos que alguém teria que ficar tomando conta do nosso mais novo passageiro, e foi decidido que seria o Mecânico por motivos óbvios. Então decidi ir para um dos cantos do muro para tentar avistar algo enquanto o velhote foi em outra direção para talvez tentar uma emboscada. O Lâmina Negra foi para trás do carro sem muitas explicações. Quando tentei avistar com cautela o que ocorria dentro daquele espaço até então desconhecido, cometi um erro de ser avistado, ainda tentei contornar a situação com palavras, mas elas não foram mais rápidas que o impulso de um dos capangas que estavam ao redor de um belo carro. Antes que eu pudesse falar, esse capanga disparou um tiro em minha perna que me fez recuar com o máximo de velocidade que eu poderia naquela situação.

Tentei reverter à situação, mas já era tarde demais, o circo estava formado e eles vinham com sede de sangue, estranhamente quando olhei para o meu lado avistei o Lâmina Negra pulando de cima do carro e vindo em minha direção, mais uma vez, em uma velocidade impressionante, antes que eu pudesse notar, ele já estava abatendo um que estava próximo com uma espécie de espada japonesa, eu pensei que já tinha visto de tudo, mas um samurai no nosso bando estava fazendo aquilo parecer cada vez mais surreal, sem contar os tiros que foram em direção a ele e não pareceu ter pegado, talvez. Só sei que no meio tempo o Mecânico já havia ligado o carro e vinha dirigindo em minha direção, foi aí que tive a brilhante idéia de me segurar na lateral do carro, já que meus movimentos estavam comprometidos devido a minha perna mecânica inutilizada.

Em fração de segundos o Mecânico desviando do Lâmina Negra atropelou um dos marginais e me deu visão perfeita para efetuar um disparo certeiro no terceiro que se encontrava rente ao muro. Ao que começam a vir tiros por todos os lados de um grupo que estava mais a frente do carro, pra minha infelicidade um tiro atingiu a minha mão que estava segurando o carro me fazendo cair do mesmo, sem muita alternativa eu acabei por me fingir de morto no processo. E agora o mais estranho acontecia ao ver o nosso carro prosseguindo o Lâmina Negra tenta fazer o mesmo que eu acabara de fazer, só que dessa vez sem sucesso, acabou se esbarrando e caindo, deixando o carro amassado de uma forma que não correspondia com o seu peso aparente, sem contar que ele nem sequer parecia ter acabado de levar uma queda grave.

Agora, os tiros que até então tinham a atenção voltada ao carro, se voltaram contra o Lâmina Negra, naquela hora eu percebi nitidamente que aquele cara não era normal, não bastasse a arma dele não ser nada convencional, eu não saber, sequer, da onde ele tinha tirado a mesma ele agora ao levar os tiros no corpo, não soava como carne humana sendo atingida, era bem longe disso para falar a verdade, era um som metálico, como se tivessem atingindo a lataria de um carro ou coisa parecida. A verdade é que mais uma vez ele partiu com uma velocidade sobre-humana em direção aos “cães de guarda” do Tony e com uma destreza sem igual ele quase parte um deles no meio, ao que outro foge apavorado e outro tenta fugir disparando desesperadamente no “super-homem”, eu não poderia perder aquela chance de ouro, só restava aquele no meio daquela quadra de Basquete, e eu me expressei bem, só restava, porque com um tiro digno de um franco atirador, eu derrubei o indivíduo que corria feito uma gazela amedrontada.

Depois de toda aquela comoção, o homem indestrutível se aproximou de mim e me pôs nos ombros enquanto se comunicava com um dos nossos. Não sei o que nos espera, mas seja o que for eu espero valer o esforço que estamos fazendo...




Fim do 2° ato.




M01- 1° Ato - A Casa 'abandonada'

Cidade

Começava a noite quando recebi uma ligação, era o "Japa", grande amigo de infância. Durante toda a nossa vida, como em qualquer amizade, trocávamos favores, não foi diferente dessa vez. Japa me pediu para que eu participasse de uma missão em seu lugar, por forças maiores ele não poderia comparecer ao chamado, e conhecendo as minhas habilidades em missões de risco, me pediu esse favor. Acreditei ser uma missão de risco pelo fato dele ter me escolhido dentre os demais mercenários que fazem parte da nossa ‘roda de amizade’. Não aceitei logo de cara sem antes saber quanto teria em ‘retorno’, afinal como todo bom mercenário, esse é o pré-requisito básica para eu aceitar qualquer missão, independente da nossa amizade, e mesmo relutante na resposta, ele me garantiu no máximo 3000 dólares. Após a quantia ter sido mencionada, aceitei, e recebi as coordenadas para o encontro com os demais integrantes da tal missão.

Cheguei ao local combinado, vislumbrei dentro de uma casa que a princípio parecia abandonada, cachorros a espreita no meio da escuridão. Logo em seguida um carro estaciona ao meu lado, e o motorista abaixa o vidro e faz um comentário que me fez ficar de prontidão, logo percebi que aquele grupo que dentro do carro se encontrava, seria o grupo com o qual eu trabalharia. Entrei no carro, e como do nada, surge uma “voz”, fazendo uma breve apresentação dos integrantes que ali estavam e nos designando a missão de invadir a casa logo a nossa frente e obter a informação de onde seria a entrega. Sem muitas explicações, só nos restou à opção de resolver ao nosso modo como faríamos para entrar na casa da melhor maneira possível. Logo o nosso mecânico observou a existência de uma câmera de segurança na entrada da casa, não parecia ser uma casa exageradamente vigiada, mas o que preocupou o grupo de início foi à existência dos cachorros, que também foi percebida pelo mecânico.

Depois de muita discussão sobre a melhor forma de entrar na casa, mesmo com a minha insistência em apenas matar os cachorros e entrar pela porta da frente, foi decidido que o Mecânico iria comprar alguma carne para atrair os cachorros pra um canto da casa enquanto eu, o Velho e o Lâmina Negra entraríamos pela lateral pulando o muro. Logo que o Mecânico lançou as carnes aos cães e por algum motivo ter trazido uma cerveja ao velho, nós prosseguimos com o plano. Como nem tudo acabou dando como nós queríamos, após eu e o Velho pularmos, chegou à vez do Lâmina negra que por alguma razão acabou quebrando parte do muro e caindo de volta a rua na sua tentativa frustrada. Como de súbito começou uma correria dentro da casa, gritos alarmantes, e uma única certeza, a gente teria uma boa “briga” pela frente.

Corri em direção a entrada, esgueirando pela parede até ouvir o alarde de alguns homens abrindo uma porta, corri para as costas de uma casa de cachorro que ficava a minha direita, tentei ser discreto, mas fui avistado, sem muito tempo para pensar no que fazer resolvi aparecer rapidamente pelo outro lado da casa, ao que avistei um “Punk” com um bastão correndo e minha direção, com dois tiros certeiros eu o abati sem muitos problemas, ao que escutei os latidos dos cachorros logo a minha frente vindo em disparada, não pensei duas vezes e abati o primeiro que de um pulo feroz voou em direção ao muro e com um tiro, lá permaneceu. O que escutei nesse intervalo de tempo foi algo como carne sendo dilacerada e um latido abafado do outro cachorro somado ao tiroteio que já estava acontecendo dentro da casa. De súbito ouço um tombo próximo onde havíamos entrado, era outro “Punk” pulando a janela, disparei dois tiros, apenas um acertou o alvo, mas foi o suficiente para deixá-lo atordoado, logo em seguida avisto o Lâmina Negra indo de encontro a ele em uma velocidade invejável, ao que escuto outro tiro e um grito de dor, parecia ser o Mecânico, mas fosse o que fosse, o nosso objetivo estava dentro daquela casa, e sendo assim, corri em direção à entrada próxima à casa de cachorro.

Assim que entrei avistei um corpo logo à frente e o Velho segurando outro rente a um canto de parede. Sabia de cara que havia inimigos logo à frente naquele corredor, e com essa convicção em uma atitude impensada, disparei três tiros dos quais apenas dois surtiram o efeito esperado. Eram dois logo a frente do corredor, acertei um com dois tiros e o outro, que escapando do terceiro tiro, disparou alguns tiros, dos quais um pegou em mim de cheio no peito causando uma dor lacerante. Logo em seguida o Velho se direciona para outro compartimento da casa, nesse meio tempo eu levanto e vou na mesma direção, enquanto vejo um tumulto logo na entrada do compartimento em que o velho adentrara. Nesse momento eu tentei chegar lá o quanto antes, e por tal atitude, acabei esquecendo do desgraçado que havia me atingido, curiosamente, ele não havia esquecido que eu era o seu alvo, por conta disso, eu levei outro tiro no peito, ao que entrei esbarrando no Velho no meio do que parecia ser uma luta corpo a corpo. Quando me recompus, tive uma esplêndida visão de um homem com aparência asquerosa, com uma placa de metal na frente de seu corpo, sendo imobilizado pelo velho, lhe deixando completamente indefeso. Não tive dúvidas do que fazer, de arma já em punhos, caminhei em direção da presa com um notável sorriso no rosto e sem pestanejar, efetuei o disparo em direção ao que era a sua cabeça. Não foi mortal, mas de cara, já poderia afirmar que daquele sono profundo ele não acordaria...




Fim do 1° ato.

 

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